O maior acontecimento da história da humanidade, a Encarnação do Filho de Deus, maior que a própria criação, tem a grandeza de um pequenino envolto em faixas. É a semente de um mundo novo. Estas faixas aparecerão de novo na sepultura, quando o envolverão em panos que estarão no chão no dia da Ressurreição (Jo 19,40;20,6). É um único mistério que se manifesta na fragilidade, mas que conduz à grandeza da vida de Deus. Assim Ele é apresentado aos pastores. Assim Ele esteve entre os seus. A bondade de Deus abre-se ao contato na total simplicidade. Este é o caminho que a Igreja não ousa assumir. Paulo afirma: "Quando sou fraco é que sou forte" (2 Cor 12,10). Porque não temos força nem coragem de assumir a fragilidade do Filho de Deus Encarnado.
Os presentes do Natal lembram a troca de presentes entre o céu e a terra. Damos nossa humanidade e Ele nos dá sua divindade. A vida humana recebe a capacidade de se tornar divina. É o momento de trocar presentes com Deus. A Vida se fez Carne e a Carne se nos dá em Pão da Vida. O presente que damos a Deus, podemos entregá-los através de seus queridos, os necessitados de amor e de vida. Isso é Natal.